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Dificuldades, conquistas e muito trabalho. Os programas de Residência Multiprofissional em Saúde trouxeram para o Serviço Social uma nova perspectiva para a formação profissional de Assistentes Sociais. Para verificar como têm sido implementados os programas e quais suas consequências a longo prazo para categoria, o Fórum Paranaense de Serviço Social (FOPASS) convidou as residentes pioneiras para um debate na quarta-feira (23), na Santa Casa.
A Residência Multiprofissional foi regulamentada pelo Ministério da Educação em 2005, mas em Curitiba apenas no ano de 2009 foram oferecidos os primeiros cursos. Atualmente, para o Serviço Social, há duas vagas de residência no Hospital de Clínicas e três vagas no Hospital Erasto Gaertner. No HC, a residência é na área de Saúde da mulher e no Erasto Gartner o foco do programa é cancerologia. Ambos têm duração de dois anos: “Apesar do curto período, não podemos permitir que a cada residência que inicie, as discussões enfraqueçam, temos que manter as conquistas”, apontou Maria Cecília Olívio, Assistente Social residente do HC.
Segundo Afrânnia Duarte, também do HC, além de ser importante para formação profissional, o programa tem ajudado a dar mais visibilidade para o Serviço Social: “O grupo multiprofissional permite que todos os profissionais se coloquem da mesma maneira nas discussões e nos encaminhamentos dos pacientes”.
No entanto, embora as residências dêem visibilidade à categoria, por outro lado, também podem estar disponibilizando profissionais a baixo custo para os hospitais. Essa foi a preocupação trazida pelas residentes do hospital Erasto Gaertner Michelli Daros, Gabriele Rezende e Fernada Camargo, apontada também pelas demais profissionais e com respaldo nas discussões do Fórum Nacional de Residência em Saúde (FNRS). Para que isso não aconteça, concluíram os participantes, é preciso acompanhar constantemente os programas, garantindo que a residência não perca o caráter de formação profissional e fique longe de transformar-se em uma opção barata para as instituições.
Encontro Anual do Serviço Social na Saúde do Paraná 
Durante a reunião do FOPASS, foi escolhida uma comissão organizadora para o 2° Encontro Anual de Serviço Social na Saúde do Paraná. Fazem parte da comissão: Maria Cristina Dias de Lima e Silas da Silva Moreira, do Hospital de Clínicas; Reni Ery Jorge, da Santa Casa; Margarida M. S. Skibinski, do Hospital Erasto Gaertner; Sueli Coutinho, da 2° Regional de Saúde/SESA; Margarida Teixeira Muggiat, do Hospital Pequeno Príncipe e Delainy Juppe Clemente, da Fundação Pró-Renal. Para o próximo FOPASS, que acontece dia 23 de abril, a comissão escolhida já deve trazer novidades sobre o evento. O Encontro Anual deve ocorrer no segundo semestre deste ano.
